in REVISTA PROGREDIR |OUTUBRO 2018
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Quando vemos que o ambiente que nos rodeia é de algum modo hostil, quando experienciamos situações que são incongruentes com aquilo em que acreditamos, quando temos ideias contraditórias ou incompatíveis dentro daquilo que consideramos ser o nosso modo de entender o mundo, entramos em dissociação interna – algo dentro de nós “não liga” entre si, uma ou mais partes de nós sente-se dissonante em relação ao todo. Entramos em conflito connosco mesmos.
Porque somos habituados a fazer de conta que “está tudo bem”, os comportamentos adotados nestas situações visam, muitas vezes, ignorar, minimizar ou tentar, como que por magia, fazer tais situações desaparecerem. Procuram-se desculpas mais ou menos justificáveis ou aceitáveis. No entanto, algo em nós não nos permite que, eternamente, procrastinemos a resolução da desarmonia. Nós somos muito mais do que os nossos comportamentos. Na realidade, o que existem são pessoas que adotam o comportamento se lhes afigura o mais ecológico num dado momento. Com a utilização dos recursos adequados, os comportamentos são transformáveis.
É, assim, certamente importante conhecermos as competências e as capacidades que possuímos e quais as que deveremos desenvolver. Um dos pressupostos da PNL (Programação Neurolinguística) afirma que não existem pessoas sem recursos - todos nós temos os recursos que necessitamos - existem sim pessoas que não utilizam os seus recursos.
Corpo e mente influenciam-se um ao outro e o inconsciente - que tem como uma das suas funções, proteger e manter o corpo na sua integridade - com o objectivo de nos mostrar que algo em nós está com falta de congruência, faz com que este comece a dar sinais, seja através do cansaço, da ansiedade, do stress e/ou queixas físicas mais ou menos graves.
Precisamos ter a capacidade de percepcionar o que nos falta, dispor-nos a sentir o que sentimos, ouvir o que dizemos a nós mesmos, largar as “bagagens” que já há muito deixaram de nos servir. A capacidade para ignorar aquilo que nos é realmente importante paga-se cara.
É ao nível dos valores e das crenças que se torna possível trabalhar o conflito. São os valores e as crenças que nos permitem saber aquilo que consideramos ser bom ou mau, aquilo que para nós está certo ou errado. Quando o nosso modelo do mundo entra em conflito com os nossos valores ou com o modelo do mundo do outro, entramos em dissonância. Conhecê-los e hierarquiza-los é o primeiro passo para nos voltarmos a “afinar”.
Todos sabemos que o sentido que temos da nossa Identidade advém de sabermos quem somos, com os nossos valores, as nossas crenças e as nossas capacidades, de conhecermos aquele que é o nosso propósito, a nossa razão de ser. Quando existem incongruências neste nível, é comum ouvirmos respostas vagas ou associação da identidade àquilo que fazemos. Quem seremos então, o que nos acontecerá se deixarmos de fazer aquilo que fazemos? Conseguiremos manter o ritmo e a harmonia necessária?
Intrinsecamente, sentimos, sabemos que temos uma Missão a desempenhar, qualquer que ela seja. Por isso nos perguntamos para quê e para quem fazemos o que fazemos? Qual queremos que seja o nosso legado? Qual é o nosso papel fundamental dentro do sistema em que nos encontramos inseridos?
Tal como numa pauta, para que as notas musicais façam sentido e a música seja harmoniosa, também nós, se quisermos viver de forma equilibrada, precisamos vencer a dissonância, precisamos de estar alinhados com estes vários níveis de ser e estar que operam em simultâneo e de se suportam entre si. Só estando alinhados poderemos viver de forma congruente.
Este é um trabalho de autoconhecimento e de potencial melhoramento e transformação pessoal. Fazê-lo representa um compromisso connosco próprios, que nos trará uma vida mais preenchida e autêntica, relacionamentos mais gratificantes E um sentido de unidade e comunhão com a Vida.
NLP MASTER COACH, ASTRÓLOGA
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in REVISTA PROGREDIR |OUTUBRO 2018
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