in REVISTA PROGREDIR | OUTUBRO 2017
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Temos tantos objetivos, uns verdadeiramente nossos, outros nem por isso, que entre tantas coisas que queremos atingir sentimo-nos obrigamos a controlar.
Controlamos a agenda e o tempo – temos horas para levantar, para ir levar os miúdos à escola, para chegar ao trabalho, para preparar a reunião, para fazer aquele telefonema extremamente importante, para sair do trabalho, para garantir que os mais pequenos têm como e com quem voltar a cada fim do dia, para ir ao ginásio ou fazer uma caminhada, para preparar o jantar, para orientar as refeições do próximo, para deitar e voltar a fazer tudo novamente no dia seguinte.
Controlamos cada decisão que tomamos. Todos os ses e mas, são altamente ponderamos e chegamos a passar horas a fio com uma mesma ideia na cabeça sem sermos capazes de decidir sobre ela. Controlamos até as próprias emoções, porque até essas nos podem atrapalhar nesta vida controlada ao milímetro, que construímos e da qual estamos completamente dependentes.
Parece cansativo não é?! Quem vive desta forma reconhece que, na verdade, é mesmo muito cansativo, mas a esperança de um dia a vida ser melhor e mais feliz vai sustentando esta forma de estar na vida.
Para além disto, se construirmos tudo isto com base num falso sentimento de segurança e confiança em nós mesmos, mais fácil se torna escolher viver em controlo, ainda que…
“Não há qualquer segurança em ser-se hoje, a mesma pessoa que se foi ontem. Isso é apenas uma ilusão que acaba por nos destroçar o coração”. Robin Sharma
Viver no controlo é o oposto de viver em liberdade, até porque ser livre, ainda que possa parecer uma coisa gira e até em voga, é algo difícil e que nos faz tremer de medo! Viver em liberdade é viver na incerteza da certeza de ter, todos os dias e a cada momento, infinitas possibilidades de escolha, onde os resultados são possíveis, mas nunca garantidos. E, isto é algo que nos cria um sentimento enorme de medo.
Medo do desconhecido.
Medo de assumir responsabilidades maiores do que as que somos capazes de cumprir.
Medo de falhar.
Medo de ter que assumir o fracasso perante os outros.
Medo de não corresponder às expectativas dos outros e às nossas próprias expectativas.
Medo de descurar as obrigações familiares.
Medo de não sermos compreendidos.
Medo de não ter apoio.
Quando nos libertamos destes medos, libertamo-nos também das pressões que nos levam ao controlo e isso exige que nos respeitemos a nós mesmos, mais do que nunca! Mas, como nos podemos amar e respeitar se, na verdade, nem sabemos bem o que amar e respeitar em nós mesmos?
Viver em liberdade é bom, mágico e perfeito porque nos permite viver o que verdadeiramente nos apaixona e faz vibrar.
O caminho de libertação do medo e transformação do controlo em liberdade não é fácil, mas é algo que vale muito a pena! O primeiro passo neste sentido é tomarmos consciência da responsabilidade que temos sobre a própria vida, por mais que isso nos custe. Quando fazemos uma análise ou balanço da vida que temos e da forma como a estamos a viver devemos nos abrir à consciencialização de que isso (seja lá o que for, bom ou mau) é apenas o reflexo das escolhas que fizemos até então, com base na liberdade ou no controlo que nos fomos permitindo sentir.
Vive a sua vida em liberdade ou em controlo?
O passo seguinte é estarmos atentos ao que vem de dentro e não se vê. A tudo o que o coração transmite e a intuição alerta. A tudo o que só nós, individualmente, podemos ter acesso. E, aqui voltamos à questão de onde partimos.
O que é para si ser feliz?
O que o faria ser ainda mais feliz do que o que já é hoje em dia?
O que carateriza para si uma vida cheia de felicidade, bem-estar e realização?
Procure responder verdadeiramente a estas questões com o sentimento de liberdade de ser quem é e em total disponibilidade de aceitar e respeitar tudo o que encontre dentro de si. Não rejeite, não finja que não percebe o que está a ver, não distorça a realidade, apenas aceite! Apenas se aceite. Desta forma já estará a viver a primeira fase da liberdade, a liberdade de ser quem é.
COACH DE PSICOLOGIA POSITIVA, ESPECIALISTA NA RESSIGNIFICAÇÃO DE EXPERIÊNCIAS PARA A FELICIDADE CONFIANTE
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in REVISTA PROGREDIR | OUTUBRO 2017
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