Por Nuno Zoio e Elsa Santos
in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2017
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Através da sua ancestral tradição de transmissão verbal da sabedoria antiga, de geração em geração, também nos diziam que, neste preciso momento, um Novo Ciclo se iniciaria - são profecias nos falam de uma nova Era Dourada, de Renascimento e da lembrança de Quem realmente somos - o anúncio de um Despertar coletivo.
Neste novo ciclo que agora se inicia, tudo o que representa falta de integridade, egoísmo ou a não compreensão profunda de que o bem de todos é o bem de cada um, não terá sustentabilidade e gradualmente ficará para trás, juntamente com a velha Terra. Este é o momento ideal para nos questionarmos acerca de quem somos e de qual o nosso lugar no Universo, sendo que damos agora início a um novo ciclo de maior consciência e recordação de quem e o que verdadeiramente somos: Amor e Luz, em todas as suas expressões fundamentais, sendo que talvez a melhor forma de o manifestarmos nesta tridimensionalidade em que ainda existimos, seja através da compaixão.
A própria etimologia da palavra compaixão, remete-nos para a ideia desta co-criação com o nosso semelhante, num profundo reconhecimento, ao nível da alma, de que todos em nosso redor são, tal como nós, seres sencientes e sujeitos aos desafios da condição humana - pelo que, ao nos apercebermos da dor do outro, facilmente conseguimos imaginar como nos sentiríamos se estivéssemos no seu lugar (por experiência própria concreta, de já termos passado por algo semelhante, ou por memórias celulares de vidas passadas que ficam gravadas no nosso ADN / Registo Akáshico). A compaixão faz parte do inato e do mais profundo instinto do ser humano - ninguém fica indiferente quando alguém tropeça e cai no chão à nossa frente: a nossa reacção natural imediata é correr para ajudar; ficamos condoídos com a dor do outro.
Assim, de uma forma mais abstrata, poder-se-ia dizer que toda a compaixão é sempre auto-compaixão, no sentido em que Somos Todos UM! Como tal, o sofrimento de alguém é sempre, em última instância, o sofrimento de uma parte de nós. É nesse entendimento profundo acerca de quem e o que somos que se baseiam práticas milenares como o Ho'Oponopono, por exemplo. Em que todo o sofrimento humano é visto como o reflexo de uma parte de nós que se esqueceu da sua matriz original de perfeição divina: Que é Amor Puro, Incondicional e constante, por tudo e todos, sendo que essa é a essência da Fonte Criadora, da Suprema Inteligência Universal, de Deus, como lhe preferirem chamar.
Segundo este conhecimento e práctica ancestral dos Kahuna do Havai, todo o sofrimento é então apenas consequência do nosso processo tridimensional de Ilusão e Esquecimento acerca da nossa Essência perfeita e divina, das nossas origens, de que somos unos e de que todo os Dramas em que escolhemos investir a nossa energia decorrem apenas de uma ilusão da nossa mente racional, que percepciona o mundo em dualidade; em que nos permitimos experienciar o contraste de uma vida física em que todos aparentamos estar separados uns dos outros - em que as nossas ações, palavras, atos e intenções parecem existir separadas de todo o nosso entorno e de todos em nosso redor e nos esquecemos da nossa responsabilidade individual no tipo de realidade que estamos a co-criar, a cada instante, com os nossos semelhantes.
Esquecemos este profundo estado de entrelaçamento que até a Fisica Quântica hoje em dia reconhece como sendo a base de toda a nossa existência: em que todas as coisas se encontram interligadas no misterioso Campo Quântico. Talvez porque todas as coisas façam parte de uma coisa só: O Criador - Os milhares de milhões de expressões fisicas que se encontram neste planeta, e talvez noutros, também... são Deus a conhecer-Se e a experienciar-Se a Si Próprio através dos humanos - fractais criados à imagem do Pai. É na base desta profunda ponderação de sermos, na verdade, uma expressão dessa Fonte Criadora, que é Pura Luz e Amor Incondicional, que é Pura Consciência, que surge o convite a voltarmos ao nosso estado natural de inocência, de não-julgamento, em que as ilusões como o medo, o desmerecimento, a separação, a condenação ou a auto-condenação não têm realmente existência própria a não ser que acreditemos nelas, a não ser que lhes demos a nossa energia.
O que realmente Somos é Luz Eterna, Amor Infinito, e todos Somos Um Só. Existem muito mais pontos em comum que nos aproximam uns dos outros do que aqueles que aparentemente nos dividem. Somos todos filhos do mesmo Pai, frutos da mesma árvore. Esta é consciência da compaixão e, nesta consciência, o Amor é inevitável.
Desde os ensinamentos de Cristo aos ensinamentos de Buda, a compaixão apresenta-se sempre, como um sinónimo do Amor espontâneo, fraterno, incondicional, e que se revela em gestos, palavras e atitudes. Como dizia Thich Nhat Han: “A compaixão que não passa à ação é como uma flor, muito bela, mas sem aroma”.
Ser compassivo é ser um humano pleno, é viver na consciência de Deus, é trazer o Céu à Terra.
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in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2017
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