in REVISTA PROGREDIR | AGOSTO 2022
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Na típica regra dos mercados, a procura excessiva sem oferta correspondente, aumenta os preços desmedidamente, podendo gerar inflação e sobrevalorizando o produto, ou seja, as raras verdades que se encontrem ainda disponíveis, serão inflacionadas e sobrevalorizadas, com o risco de perversão e de ganância, levando à mudança de sentido do “objeto” tão procurado, conspurcando-o e destruindo-o, no sentido literal do termo…
O imenso risco de a sociedade humana cair numa espiral de decadência e incapacidade de superar as dificuldades que se avizinham, expõem os piores cenários para os preocupantes problemas ambientais, sociais e financeiros.
Focar-nos-emos neste último ponto, as finanças.
É aqui que surge uma esperança. A clemência financeira.
Entenda-se a clemência como, “virtude que modera o rigor da justiça”.
Esta suposta bondade, transportar-nos-á para uma tolerância face à redistribuição da riqueza, podendo gradualmente traduzir-se no renascimento da partilha e de uma justiça suavizada pela escassez, ao contrário do típico sentimento de ganância, austeridade, medo e desafeto, associado ao dinheiro.
Criamos aqui uma possibilidade, mesmo que diminuta, mas realista. Considerando a história social e financeira e a aprendizagem que a humanidade tem demonstrado ter adquirido ao longo dos últimos seculos, é previsível que a derrocada de recursos que se avizinha, faça ressurgir no espírito das civilizações, a união, interajuda e valores de dignidade e de superação para além do estatuto mediano e banal.
Então esta conjuntura circunstancial, torna previsível que se torne vital revitalizar o mundo financeiro e económico nos parâmetros de verdade, fidelidade, fiabilidade e tolerância.
Ressurge assim a esperança de reviver o mundo dos recursos financeiro num horizonte de paz, justiça e porque não, em amor…
Se assim se desenhar o futuro breve, até podíamos arriscar afirmar que o dinheiro pode transformarmo-nos em seres melhores, mais honestos e felizes, num cenário de paz e compreensão.
Poderá parecer ambicioso ou irrealista, contudo do mesmo modo que a humanidade conquistou os direitos humanos essenciais nas suas bases jurídicas e sociais, poderá nesta era conquistar a riqueza justa e humanizada, o que se poderá traduz num imenso salto quântico na escada da evolução social e na redistribuição…
O elemento chave desta dissertação é o Poder.
O poder nestes últimos três séculos viu-se gradualmente vinculado ao dinheiro, que por sua vez foi completamente domesticado pelo mundo financeiro.
Este universo financeiro ao cair na teia do poder, serve interesses individuais, egoicos e desregulados, não cumprindo assim, as melhores normas sociais do desenvolvimento e bem-estar.
Aqui entra o Florescimento Humano tentando reconquistar a pureza e singeleza desse espaço, que na sua base seria o serviço desinteressado, mas rigoroso, pelas sociedades humanas, justiça e paz.
É de convir que só com a consciência apurada da nossa necessidade de intervir e agir em conformidade, será possível as profundas mudanças do paradigma instituído.
Nas atitudes diferenciadas, conscientes e exigentes de cada cidadão, dar-se-á a revolução e o reencontro com a comunidade, sociedade e organismos de gestão e poder.
Então sim, é possível reviver o sonho de paz, harmonia e amor incondicional nas sociedades do oriente ao ocidente, de leste a oeste, num ambiente de tolerância e harmonia entre todos, de clemência financeira.
CONSULTOR EM BIOECONOMIA, FINANÇAS E INOVAÇÃO
www.empowertolive.pt
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“Empreendedorismo e Inovação"
in REVISTA PROGREDIR | AGOSTO 2022
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