Por Emídio Ferra
in REVISTA PROGREDIR | MAIO 2017
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
É deste modo que se apresenta a FESCOOP – Cooperativa para o Desenvolvimento de Finanças Éticas e Solidárias (CRL:www.fescoop.org) – constituída a Assembleia em Novembro do ano passado, e que todos convida, individualmente, associados ou em organizações a juntarem-se a este movimento e a construir soluções para o financiamento e a gestão monetária, criando uma plataforma de Banca e Finanças Éticas em Portugal.
Esta cooperativa já é fruto de um trabalho cada vez mais consistente e intenso de várias individualidades e movimentos que, de forma sistematizada, têm vindo a desenvolver a consciencialização e a literacia das finanças éticas e solidárias em Portugal.
Uma dessas organizações pioneiras é a “Associação CELTUS – Sustentabilidade e Fraternidade nas Relações Económicas”, (http://www.celtus.pt/). Mas no que consiste? “[É] uma entidade sem fins lucrativos com vista à criação e ao desenvolvimento de respostas sistémicas e integradas, ao nível da realidade económica, financeira e social, nomeadamente, nas áreas dos serviços financeiros, das moedas complementares e alternativas e das relações económico-produtivas solidárias e sustentáveis.”
Neste sentido, a CELTUS procura apoiar a criação e o desenvolvimento financeiro, económico e social de entidades ligadas aos ecossistemas sociais, ambientais, culturais, sustentáveis e éticos assim como acompanhar o resgate financeiro, económico e social de famílias e de empresas sobre endividadas.
Ao longo dos últimos anos, a demanda contra a fatuidade imponente do orgulho magnata inscreveu, no nosso percurso, os passos pesados de dura luta, persistência, perseverança e, também, de algumas grandes vitórias: criou-se uma ampla rede de contatos e de proximidade entre as entidades financeiras sociais em toda a Europa (por exemplo, Triodos Bank Espanha; Institute for Banking Social, Sefea; Universidade Alanus; Banca Etica Italia; Caridade Banco; Merkur). A
o nível da formação, e cientes de que essa é uma base imprescindível para a consciencialização, a associação facultou conhecimento e especialização operacional em finanças sociais, motivando a discussão entre as entidades idóneas e promovendo visitas de campo e formações noutros países europeus. Analisar e compreender a situação atual da procura das finanças sociais portuguesas e estimar a sua dimensão / valor continua a ser o principal desafio destes atores.
A Celtus assentou a sua “bandeira” no resgate das famílias e empresas sobre endividadas (http://www.revistaprogredir.com/blog-artigos-revista-progredir/resgate-das-famlias-e-empresas-o-fim-do-princpio-da-crise). Neste contexto, o resgate financeiro não contempla a banca, as instituições financeiras ou os estados, mas sim, os lesados, em geral, por essas mesmas instituições e pelo sistema que as suporta.
João Gil Pedreira, fundador deste projeto (http://bridges-advisors.com/default.asp), conjuntamente com Fabrice Génot e outros ativistas, estão intensamente desde 2012, a desenvolver ações de consciencialização e sensibilização deste modelo de verdadeira mudança nos sistemas financeiros, bancários e de financiamento à economia, confrontando os atores instituídos e os seus reguladores com o intuito de os vincular a uma nova responsabilidade social e económica.
Também as parcerias internacionais estabelecidas foram frutuosas, vinculando personalidades e instituições ao projeto, como Ugo Biggeri, presidente da Banca Popolare Etica de Itália, Julian Kuhn, do ISB (Institute For Social Banking) da Suíça e Alemanha, Peru Sasia, do FIARE de Espanha, Karol Sachs, ex-Crédit Cooperátif, Fabio Salviato, da FEBEA/SEFEA, Wlodzimierz Gnutzinski, do TISE, Cyrille Langendorf, do Crédit Coopératif, entre outros, representantes de renome da Banca Ética e do Financiamento social.
Já em consequência destas parcerias nasce a necessidade de unificar, no nosso território, o maior número de interessados e vinculá-los neste projeto de forma pró-ativa na construção da plataforma que suportará esta realidade em Portugal. É nesse cenário que se realizou o 1º Fórum das Finanças Éticas e Solidárias, em Janeiro de 2015, no Porto, e em Fevereiro de 2016, em Faro, estando em preparação já o 3º Fórum, a realizar-se na região da Grande Lisboa, ainda em 2017.
Estes Fóruns foram um sucesso pela adesão e participação de entidades nacionais e internacionais, conseguindo juntar um número significativo de organizações e personalidades e criar documentos de intenções para a efetivação dos seus propósitos.
Em suma, este é agora o nosso orgulho! Um orgulho renovado, salutar, ligado a esta era, que se assiste em Portugal, com o renascer da esperança por um mundo social e financeiro mais justo, transparente, próximo e democrático.
“Convidamo-lo a cooperar connosco, a ser agente e a ter orgulho nesta transformação”.
CONSULTOR EM EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO
www.empowertolive.pt
in REVISTA PROGREDIR | MAIO 2017
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