in REVISTA PROGREDIR | SETEMBRO 2024
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
A tradição espiritual de várias culturas reconhece a criatividade como uma expressão do Sagrado. Desde os mitos da criação, onde o Universo é gerado a partir do caos através de uma força criadora, até à inspiração dos artistas que canalizam essa mesma energia para criar obras que tocam a alma, a criatividade é vista como um elo de ligação direto com o Divino. É nestes momentos, em que nos envolvemos em qualquer forma de criação, seja uma pintura, uma música, um texto ou até mesmo a simples resolução de problemas quotidianos, que estamos, de facto, a expressar essa Centelha Divina que habita dentro de cada um de nós. Vivemos e experimentamos a criatividade como Expressão do Divino em nós.
Ao cultivarmos a criatividade também estamos a cultivar a nossa espiritualidade, como se fossemos percorrendo um caminho espiritual criativo. Quando nos abrimos para o novo, para o desconhecido, permitimos que a vida nos surpreenda com as suas infinitas possibilidades. Neste processo, desenvolvemos o autoconhecimento, compreendendo melhor os nossos desejos, medos e aspirações. É pela criatividade que exploramos o nosso mundo interior, descobrindo talentos ocultos, reconhecendo a nossa capacidade de transformação e, muitas vezes, curando feridas emocionais profundas. O caminho criativo é, portanto, um caminho de crescimento espiritual, onde cada ato de criação é uma oportunidade de nos conectarmos com o Sagrado.
Muitos de nós acreditamos que a Fonte Criativa está diretamente ligada à intuição, essa voz interior, que muitas vezes sussurra inspirações e visões. Ela é uma expressão da nossa alma, que nos guia para caminhos que a razão, muitas vezes, não compreende. Ao confiar na nossa intuição, permitimos que a criatividade flua de forma mais livre e autêntica. É nesse estado de entrega que as ideias mais brilhantes e originais surgem, como se fossem presentes do Universo ou de Algo Maior, prontos para serem manifestados no mundo físico.
O ato de criar pode ser comparado com uma forma de meditação ativa. Nos momentos em que nos encontramos profundamente imersos no processo criativo, entramos num estado de fluxo, onde o tempo parece desaparecer e nos tornamos unos com o que estamos a fazer. Neste estado, a mente aquieta, e conectamo-nos com uma dimensão mais profunda de nós mesmos e do Universo. Este estado de fluxo é uma experiência espiritual em si mesma, onde o ego se dissolve, e nos tornamos meros canais para que a energia criativa flua através de nós. É neste momento que nos sentimos verdadeiramente vivos e conectados a Algo Maior.
A criatividade é um instrumento que tem o poder de transformar não apenas a nossa realidade pessoal, mas também o mundo à nossa volta. Quando expressamos a nossa criatividade, tocamos a vida do outro, inspirando-o também a explorar a sua própria capacidade criativa. Além disso, a criatividade permite-nos (re)imaginar e (re)inventar a realidade, possibilitando-nos superar desafios, inovar em diversas áreas e, assim, contribuir para a evolução da humanidade. Cada ato criativo é um pequeno milagre, uma manifestação tangível do poder transformador que reside em cada um de nós.
A criatividade é, portanto, muito mais do que uma simples capacidade ou poder; ela é uma expressão da nossa conexão com o Divino, um caminho para o autoconhecimento e para a transformação espiritual. Ao nos permitirmos trabalhar a criatividade, abrimos as portas para uma vida mais rica, plena e significativa, onde cada ato de criação se torna uma forma de oração, uma celebração da vida e uma homenagem ao mistério que nos envolve. Permita-se criar, permita-se transformar, e descubra a divindade que habita em si.
PROFESSORA, TERAPEUTA HOLÍSTICA, ASTRÓLOGA, CONSTELADORA FAMILIAR E FORMADORA
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