in REVISTA PROGREDIR | MARÇO 2024
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Da mesma maneira, é imprescindível que as organizações não desperdicem os talentos dos colaboradores existentes na organização, procurando constantemente formas de motivar, pois esta deve torna-se uma preocupação e um desafio incessante. Isto para que, os colaboradores possam desempenhar as suas funções com zelo e possam desenvolver os seus talentos da maneira mais eficaz possível.
A perspectiva da motivação entende que as atividades realizadas no trabalho são responsáveis por preencher grande parte do tempo de vida de todos. Assim, considera-se que estar alegre enquanto são realizadas as tarefas do dia-a-dia no trabalho, ou seja, estar alegre enquanto se vive, é de fundamental importância.
Erra quem pensa que a questão da motivação é simplesmente um gasto da organização em nome da alegria do funcionário, que já deveria ser grato por receber o seu salário, ficar quieto e baixar a cabeça.
Um ambiente organizacional que motiva e estimula os seus colaboradores a estarem alegres e a serem felizes, respeitando as suas individualidades, cria as condições ideais para um maior aproveitamento de todos os seus recursos intangíveis, e isso inclui aqueles que contribuem diretamente para o tão desejado lucro.
Como o professor Clóvis já ensinou na sua vasta e admirável carreira profissional, alegria é potência de agir. Quem trabalha alegre, trabalha mais potente. A potência do trabalhador é justamente o que a empresa precisa para desempenhar as suas atividades com excelência. Sendo assim, motivar é alegrar e alegrar é vencer na vida. Uma empresa que não se preocupa com a alegria dos seus colaboradores está, além de tudo, a deixar o “dinheiro sobre a mesa” (é uma expressão idiomática que significa não obter tanto dinheiro quanto deveria ou gostaria).
Um ambiente corporativo em que colaboradores não são ouvidos, estimulados e reconhecidos resulta numa situação em que todos perdem. A organização deixa de ganhar, deixa de inovar, corre mais riscos, perde dinâmica, capacidade de resposta e, sobretudo, perde lucro. Já os trabalhadores, quando não estão motivados, perdem potência de agir, entristecem, produzem menos e pior, adoecem e deixam de trabalhar com aquele brilho nos olhos que é o verdadeiro combustível da inovação, evolução e da excelência.
Quando se trabalha com alegria as horas voam e os resultados parecem chegar de forma mais fácil.
Num trabalho em que não é possível o colaborador sentir-se alegre, cada minuto torna-se num sofrimento, a saúde sente o peso da ansiedade, os resultados nem sempre são os melhores, a percentagem de turnover aumenta e as baixas médicas assumem um lugar de liderança.
Portanto, é muito importante que os colaboradores de uma empresa se sintam alegres no trabalho, afinal as empresas também ganham e muito quando assim acontece. Afirmando até que, o conceito Win-Win encaixa perfeitamente neste contexto.
Deste modo, cabe aos líderes conhecerem os seus liderados e motivá-los da forma mais assertiva possível, nunca ignorando a singularidade de cada um. Esta motivação pode fazer-se chegar através de reconhecimento, valorização, prémios por desempenho, proporcionando evolução na carreira, ajudando cada um a desenvolver competências, entre outros, e dando-lhes a devida importância e o devido cuidado. O líder mostra para cada colaborador que ele é uma parte importante e necessária para que a empresa possa continuar a crescer, mostra respeito e tem um comportamento ético. Se cada líder cuidar da sua equipa, a sua equipa vai responsabilizar-se e irá gerar resultados positivos ou ainda mais positivos.
Liderança não se trata de um título ou designação. É uma questão de impacto, influência e inspiração.
O avanço da tecnologia também contribuiu para uma maior abertura nas relações de trabalho, o teletrabalho ganha cada vez mais espaço no mercado. A flexibilidade de horários e o conforto cooperam para que o colaborador se sinta à vontade.
Todavia, é de registar que colaboradores alegres e motivados continuarão a sentir cansaço, mas este já será um cansaço que causa um sentimento de realização profissional, e esse sentimento não há salário monetário que o pague, pois a este salário chamamos de Salário Emocional.
Falamos de salário emocional quando nos referimos às vantagens que as empresas oferecem aos seus colaboradores, a fim de melhorar os níveis de satisfação dos mesmos sem que isto signifique um aumento salarial.
Um salário emocional são todos aqueles componentes que ajudam os colaboradores a crescerem profissionalmente, mas também pessoalmente.
Sendo que, as emoções são responsáveis por tudo aquilo que o dinheiro não pode comprar, é relevante que as empresas mostrem interesse em ter e manter os seus colaboradores saudáveis emocionalmente, tendo em conta:
- Que o que o colaborador vivência no seu dia-a-dia (dentro e fora da empresa) desperta em si emoções positivas ou negativas, e são estas emoções que vão fazer com que o colaborador consiga alcançar um melhor ou pior desempenho, mais ou menos resultados e promova um melhor ou pior ambiente no trabalho.
Embora não seja possível controlar todos os atores que contribuem para a alegria no trabalho de todos os funcionários, pois nunca se conseguirá agradar a todos (é uma realidade), não deixa de ser imprescindível cuidar dos colaboradores nos seguintes eixos: fisicamente, mentalmente, intelectualmente, socialmente e emocionalmente. Em contexto organizacional é plenamente um caminho trabalhoso mas possível de ser percorrido, obtendo resultados ambiciosos para ambas as partes.
“O trabalho fornece o pão de cada dia, mas é a alegria que lhe dá o sabor.” Sílvio Romero
LIFE COACH
[email protected]
in REVISTA PROGREDIR | MARÇO 2024
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)