in REVISTA PROGREDIR | AGOSTO 2014
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Uma relação, independentemente do seu contexto, é baseada na reciprocidade emocional, na partilha e comunhão se sentimentos e emoções, onde se destaca a alegria em ser companheiro, colega, amigo, conhecido de alguém, com quem partilhamos diversos momentos e vivemos inúmeras experiências. A alegria numa relação, na minha opinião muito pessoal, promove-se com simples e pequenos gestos, diariamente, cultivando experiências positivas, adubando com emoções positivas e potenciando essa relação com uma partilha saudável, consciente e feliz.
Nem sempre estamos e nos sentimos alegres, devido a inúmeros processos e experiências que fazem parte do nosso dia-a-dia e que interferem com a nossa gestão de emoções, porém compete a cada um de nós encontrar as soluções para que a alegria seja novamente introduzida e sentida genuinamente. A alegria é subjetiva, mas todos nós conhecemos formas e mecanismos de a voltar a introduzir e manter nas nossas relações.
Porque é que muitas pessoas não sentem alegria nas suas relações e porque é que se mantém num comodismo, sem tentar perceber e explorar as diversas formas de introduzir e promover a alegria nessas relações? Em que momento sentem alegria nas vossas relações? Como fazem para recuperar e promover a alegria?
Não são necessários esquemas e gestos complexos para voltarmos a sentir a alegria nas nossas relações, bastam pequenos e simples gestos para que nos alegremos e possamos alegrar aqueles com que nos relacionamos. Sejamos conscientes, simples e genuínos à nossa forma de ser e sentir, sem tentarmos aparentar o que não sentimos e escondermo-nos atrás de máscaras que revelam uma alegria que não sentimos em muitos momentos.
Promover alegria nas nossas relações nem sempre é simples e fácil, pois depende em grande escala do tipo de relação em causa e da forma como vivemos e nos sentimos nessa relação. Um dos exemplos que posso referir é o caso das relações profissionais, em que muitas vezes estamos a desempenhar funções que não gostamos, com pessoas com quem não sentimos qualquer empatia, o que faz com que não sintamos alegria internamente e não a consigamos promover no nosso local de trabalho.
Um dos primeiros passos, se assim se pode chamar, para que voltemos a sentir a alegria nas nossas relações, é a análise dessas relações de modo a entendermos qual o nosso papel e se estamos sintonizados com as pessoas com quem nos relacionamos, refletindo sobre a importância dessa relação da nossa Vida. As relações que mantemos por comodismo são um antagonismo para a alegria e por mais que a tentemos sentir, não será vivenciada genuinamente.
É necessário percebermos o que nos une às pessoas com quem nos relacionamos e em que momentos, nos sentimos alegres por estar na sua presença, por convivermos e se mantemos a mesma alegria quando por diversos motivos estamos separados. As relações genuínas são aqueles onde a alegria perdura além do contato físico, permanecendo intata com as memórias, recordações e são essas relações que servem como modelo, para as restantes que estabelecemos.
Para promover essa alegria em todas as relações, uma das formas mais simples que se pode utilizar é o sorriso! Um sorriso leva a outro sorriso, desencadeia diversos processos químicos, fisiológicos e emocionais, levando a que a alegria surja, mesmo naquelas pessoas que julgavam ser incapazes de sentir alegria. O sorriso é uma das mais poderosas ferramentas promotoras de alegria, por isso devemos Sorrir!
O Abraço é outra ferramenta potenciadora de alegria em qualquer relação, por todas as reações químicas e fisiológicas associadas e pelos sentimentos de partilha, proteção, pertença. Quando abraçamos e somos abraçados, sentimos a alegria a invadir o nosso ser e potenciamos o seu desenvolvimento e expressividade em todas as outras relações. Por isso, abraça e permite ser abraçado para que possas ser uma agente promotor de alegria em ti e nos outros com quem te relacionas.
Uma outra forma de promover a alegria nas nossas relações é através da expressão do que sentimos, da forma como nos sentimos ao lado e com alguém, sendo necessário dizer o que se sente para manter, cuidar e nutrir as nossas relações. Neste sentido, devemos expressar o nosso Amor, Amizade, Carinho e Dedicação quer em gestos quer por palavras, dizendo que amamos, gostamos, que somos felizes, para que alegremos o nosso ser e alegremos quem está ao nosso lado.
As nossas relações podem continuar ou ser mais alegres, pois cada um de nós é um genuíno promotor de alegria e compete a cada um de nós sentir, viver e expressar a verdadeira alegria em cada relação que magnificam o nosso Viver.
ENFERMEIRO, ESCRITOR E TERAPEUTA
ricardosousafonseca.pt.to
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in REVISTA PROGREDIR | AGOSTO 2014
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