
in REVISTA PROGREDIR | MAIO 2016
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
1º Passo: Detalhar os rendimentos e (especialmente) os encargos
Quanto gasta por mês na sua alimentação? E na alimentação do seu filho? Em farmácia? Sabe quanto gasta por mês no café? E com o seu hobby?
A maioria de nós não consegue responder a estas questões de uma forma precisa e imediata. Temos uma noção geral daquilo que despendemos mas não concretizamos essas despesas. Ao detalhar as diferentes fontes de rendimento e os diferentes tipos de gastos é que podemos conhecer de forma profunda as nossas finanças, o que nos permite gerir eficazmente o nosso orçamento e executar o 2º passo;
2º Passo: Aumentar as receitas e diminuir as despesas
Depois de feita a análise ao nosso orçamento e de se identificar de onde vêm as nossas receitas e onde gastamos o nosso dinheiro, podemos constatar se o saldo é positivo ou negativo, não esquecendo de pensar numa margem para despesas que possam surgir e que não estamos à espera. Existe a necessidade de aumentar o nosso saldo (de uma forma positiva), o que nos permitirá ter maior margem de “manobra”, até mesmo para gastar naquilo que queremos mas não é essencial.
Podemos fazê-lo de duas formas, aumentando as receitas ou diminuindo as despesas. Diminuir as despesas é uma questão de seleção de prioridades, isto é, tendo feito descriminação dos gastos, podemos então decidir onde podemos gastar menos e determinar efetivamente quanto precisamos para alcançar os nossos objetivos e satisfazer os nossos interesses. Relativamente a aumentar as receitas, embora possa exigir mais esforço, tendo uma perceção clara de onde vêm os nossos rendimentos mais facilmente nos apercebemos do que podemos fazer para os aumentar, seja tendo a oportunidade de aumentar os rendimentos no trabalho, por uma promoção ou bónus que a empresa ofereça, seja receber dinheiro de uma atividade extra, ou vender algo de que já não precisa;
3º Passo: Fazer uma seleção dos encargos a assumir
Mais uma vez, sabendo nós a quantia exata dos nossos rendimentos e a quantia exata das nossas despesas, temos uma informação privilegiada no que diz respeito aos encargos que podemos vir a assumir (ou não). Se depois de fazer as nossas contas temos um saldo positivo de 100 euros, não será aconselhável assumir uma prestação adicional de 110 euros, sem fazer mais nada. Em primeiro lugar, se puder evitar ter essa prestação é o melhor, pois das duas uma, ou tem poupanças que permitam suportar essa despesa (o que vai diminuir a “carteira” ou conta bancária), ou tem que aumentar as receitas de alguma maneira. Caso contrário, já sabe que não vai conseguir suportar essa prestação, o que vai originar problemas de maior “envergadura”, começando a criar dívidas. Já agora, tome em atenção que se assumir uma prestação de 90 euros, só vai ter 10 euros para fazer face às despesas imprevistas. Antes de assumir qualquer encargo e tomar decisões relativamente a assuntos que necessitem a intervenção de terceiros, certifique-se primeiro junto desses terceiros se o que está a pensar é possível, por exemplo, se está a divorciar-se e pretende ficar com a casa, tendo um crédito bancário em conjunto com o seu cônjuge, certifique-se primeiro que o banco aceita que fique como único responsável pelo crédito, pois se não o fizer, pode vir a fazer acordos que não correspondem à realidade concreta;
4º Passo: Dívidas e planos de pagamento
Qualquer dívida que tenha, não espere que as coisas se resolvam sozinhas, não deixe arrastar o problema. Se não consegue pagar um encargo assumido, entre em contacto com o seu credor. Até pode estar à espera de receber dinheiro de uma atividade extra que resolveu fazer e pensar que vai conseguir pagar a dívida, mesmo que fora do prazo, mas o seu credor não sabe disso, e quando passar do prazo de pagamento, a única coisa que vai estar na mente do seu credor é que você está em falta para com ele, o que, para além de prejudicar a vossa relação, pode em certos casos originar situações de maior despesa para si.
Assim sendo, se acha que só vai conseguir pagar a dívida após o prazo combinado, comunique esse facto. Se acha que não consegue pagar a dívida de uma vez só, entre em contacto para negociar um plano de pagamento, de modo geral as pessoas preferem isso a iniciar processos legais. A honestidade pode ser muito recompensadora;
5º Passo: Resolução de litígios
Se realizou todos os passos anteriores e mesmo assim continua com o problema da dívida, até porque o seu credor não aceitou o plano de pagamento que propôs, procure resolver esse litígio da melhor maneira possível, em vez de estar à espera que o seu credor inicie uma ação em tribunal, sugira-lhe e/ou contacte um serviço de Mediação de Conflitos, muito provavelmente vai resolver o seu assunto de forma mais rápida, mais barata, e protegendo a sua relação com o credor.

MEDIADOR FAMILIAR E DE CONFLITOS
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in REVISTA PROGREDIR | MAIO 2016
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