Vivemos no reflexo da Lua, por Ana Isabel Coelho
O mundo. Esse carrossel de imagens que vemos numa fração de segundos. Ele gira, alucinante, e às tantas nem sabemos quanto tempo se passou. Às vezes parece que quebra e oscila, deslizando, por uma estrada sem fim; daquelas largas sem nada ao redor.
Imagens ondeantes e melodias clássicas vibram pelo espaço. Entretanto, o mundo transforma-se numa esfera de cristal que roda rumo ao céu. Esticamos os braços, saltamos o mais alto que pudermos e tentamos alcançar a mão do universo.
O mistério é aquilo que nos guia, a busca pelo indecifrável e o misticismo. A pergunta a formular não é o que procuramos, mas sim onde se encontra. Creio que no momento em que é vislumbrado, a sua importância reluz como um chamamento.
Sinto que vivemos num espelho. Sabem, o reflexo da Lua. Acredito que ela resplandece uma forma, ou seja, a Terra. Que visão artística da existência…! Bem, tudo possui intrinsecamente, na minha opinião, algo de fascinante e profundo. Depende do ponto de vista, a abordagem que efetuamos. No entanto, ninguém pode negar que atribuímos o verdadeiro significado àquilo que é abstrato; a pureza das ideias.
Então, porque nos envolve e persistimos em apostar nos bens materiais? Eu sei, sei perfeitamente como esta interrogação soa desgastada, principalmente na última década. Porém, se assim é, e todos temos consciência desse facto, os humanos não mudam? É como se vivêssemos obrigados nuns limites delineados em transparência contudo, ao embater, são muros.
Penso que o ar que respiramos está inundado de sentimentos transmissíveis. Só gostava que os negativos fossem aniquilados. Será que seria melhor? Não sei. Talvez não fosse tão pacífico e definitivo quanto isso. Afinal, o que é? Não haveria, portanto, o equilíbrio. Por certo não estaremos preparados para viver em plena harmonia… ridículo, não? Somos mesmo complexos!
Acima de tudo, é estranho e incomodativo apercebermo-nos que um dia o nosso carrossel estagnará, enquanto outros se criarão. E provavelmente os descendentes sentirão semelhante a nós. Um dia sabemos que estamos cá, e parece desde sempre; no outro, sabemos que o organismo vivo, esse aterrador e maravilhoso mundo que habitamos, decorrerá o seu percurso normal após a nossa partida.
As únicas coisas que permanecerão serão as reticências da nossa passagem, e o calor vago de uma presença que entrou e saiu de repente sem avisar, como um lugar desocupado de autocarro; desconhecemos quem esteve antes de nós, mas temos a certeza de que alguém foi. É um ciclo. O conceito que representa não somente a Humanidade, como todos os seres vivos.
Imagens ondeantes e melodias clássicas vibram pelo espaço. Entretanto, o mundo transforma-se numa esfera de cristal que roda rumo ao céu. Esticamos os braços, saltamos o mais alto que pudermos e tentamos alcançar a mão do universo.
O mistério é aquilo que nos guia, a busca pelo indecifrável e o misticismo. A pergunta a formular não é o que procuramos, mas sim onde se encontra. Creio que no momento em que é vislumbrado, a sua importância reluz como um chamamento.
Sinto que vivemos num espelho. Sabem, o reflexo da Lua. Acredito que ela resplandece uma forma, ou seja, a Terra. Que visão artística da existência…! Bem, tudo possui intrinsecamente, na minha opinião, algo de fascinante e profundo. Depende do ponto de vista, a abordagem que efetuamos. No entanto, ninguém pode negar que atribuímos o verdadeiro significado àquilo que é abstrato; a pureza das ideias.
Então, porque nos envolve e persistimos em apostar nos bens materiais? Eu sei, sei perfeitamente como esta interrogação soa desgastada, principalmente na última década. Porém, se assim é, e todos temos consciência desse facto, os humanos não mudam? É como se vivêssemos obrigados nuns limites delineados em transparência contudo, ao embater, são muros.
Penso que o ar que respiramos está inundado de sentimentos transmissíveis. Só gostava que os negativos fossem aniquilados. Será que seria melhor? Não sei. Talvez não fosse tão pacífico e definitivo quanto isso. Afinal, o que é? Não haveria, portanto, o equilíbrio. Por certo não estaremos preparados para viver em plena harmonia… ridículo, não? Somos mesmo complexos!
Acima de tudo, é estranho e incomodativo apercebermo-nos que um dia o nosso carrossel estagnará, enquanto outros se criarão. E provavelmente os descendentes sentirão semelhante a nós. Um dia sabemos que estamos cá, e parece desde sempre; no outro, sabemos que o organismo vivo, esse aterrador e maravilhoso mundo que habitamos, decorrerá o seu percurso normal após a nossa partida.
As únicas coisas que permanecerão serão as reticências da nossa passagem, e o calor vago de uma presença que entrou e saiu de repente sem avisar, como um lugar desocupado de autocarro; desconhecemos quem esteve antes de nós, mas temos a certeza de que alguém foi. É um ciclo. O conceito que representa não somente a Humanidade, como todos os seres vivos.