Adolescência – a viagem ao outro lado da lua, por Adriana Correia
Etimologicamente, a palavra adolescente vem do latim ad, que significa para e olescere que significa crescer para. Desta forma, podemos dizer que a adolescência é o processo em que o adolescente adquire autonomia e consequentemente uma visão própria do mundo. Contudo, esta etapa é na maioria das vezes envolta de um conflito interno entre tudo o que já construiu até ao momento e tudo o que vai descobrir. Daí a necessidade de “pôr tudo à prova”.
Na tentativa de se conhecer a si próprio e ao mundo, o adolescente experiencia a mudança “elevada à potência”: o seu corpo é uma metamorfose, que se transforma numa sociedade rápida e volátil. Ao mesmo que tempo que questiona tudo, precisa também de respostas seguras e razoáveis, de uma constante, uma continuidade e uniformidade que lhe dê segurança e consolide a sua autoestima. E esta dinâmica influencia todo o seu relacionamento interpessoal, familiar, escolar e social. No fundo, a maior parte dos adolescentes têm o desejo de crescer e proceder corretamente, mas precisam de explicações claras e seguras sobre o porquê de uma coisa estar correta e outra não. É por se sentirem muito pouco seguros de si mesmos que são muito críticos com tudo. Ainda que se mostrem renitentes em admiti-lo, os adolescentes necessitam e reclamam uma orientação clara.
Nesta viagem ao “outro lado da lua”, é como se o adolescente deixasse à partida o que herdou no convívio com a família e se juntasse no escuro, no desconhecido, ao seu grupo de pares, como um ser desprendido que quer ver por si próprio a razão de determinadas normas lhe serem impostas, onde se situa a fronteira entre o bem e o mal, a verdade e mentira, confrontando-se com outras realidades.
Nesta fase, enquanto parece haver uma barreira entre pais e filhos, com alguma dificuldade em se verem e reconhecerem, perante o novo mundo desconhecido e por vezes estranho em que o adolescente se está a aventurar, surge, do outro lado da lua, o forte sentimento de grupo, uma vez que todos estão a passar mais ou menos pela mesma experiência, embora na forma individual e pessoal de cada um – há uma identificação que lhes faz preterir a companhia dos pais pelos amigos. Especialmente quando o adolescente busca uma maior autonomia em relação aos pais, os grupos de pares emergem como fontes importantes de identificação e referência comportamental.
É nesta fase que o adolescente desenvolve a sua moral, adquirindo valores e ideias de justiça, liberdade ou equidade; aspira à existência de um mundo perfeito; é altruísta - o que não raras vezes origina revoltas por descobrir que a sociedade não se pauta pelos valores que defende.
Neste percurso, entrosando a bagagem que já trazia com aquela que entretanto adquiriu pelo seu próprio passo e olhar, dá-se o verdadeiro crescimento, e a lua é um lugar esférico por onde se navega e volta à base, num constante ir e vir, até simplesmente SER.
Na tentativa de se conhecer a si próprio e ao mundo, o adolescente experiencia a mudança “elevada à potência”: o seu corpo é uma metamorfose, que se transforma numa sociedade rápida e volátil. Ao mesmo que tempo que questiona tudo, precisa também de respostas seguras e razoáveis, de uma constante, uma continuidade e uniformidade que lhe dê segurança e consolide a sua autoestima. E esta dinâmica influencia todo o seu relacionamento interpessoal, familiar, escolar e social. No fundo, a maior parte dos adolescentes têm o desejo de crescer e proceder corretamente, mas precisam de explicações claras e seguras sobre o porquê de uma coisa estar correta e outra não. É por se sentirem muito pouco seguros de si mesmos que são muito críticos com tudo. Ainda que se mostrem renitentes em admiti-lo, os adolescentes necessitam e reclamam uma orientação clara.
Nesta viagem ao “outro lado da lua”, é como se o adolescente deixasse à partida o que herdou no convívio com a família e se juntasse no escuro, no desconhecido, ao seu grupo de pares, como um ser desprendido que quer ver por si próprio a razão de determinadas normas lhe serem impostas, onde se situa a fronteira entre o bem e o mal, a verdade e mentira, confrontando-se com outras realidades.
Nesta fase, enquanto parece haver uma barreira entre pais e filhos, com alguma dificuldade em se verem e reconhecerem, perante o novo mundo desconhecido e por vezes estranho em que o adolescente se está a aventurar, surge, do outro lado da lua, o forte sentimento de grupo, uma vez que todos estão a passar mais ou menos pela mesma experiência, embora na forma individual e pessoal de cada um – há uma identificação que lhes faz preterir a companhia dos pais pelos amigos. Especialmente quando o adolescente busca uma maior autonomia em relação aos pais, os grupos de pares emergem como fontes importantes de identificação e referência comportamental.
É nesta fase que o adolescente desenvolve a sua moral, adquirindo valores e ideias de justiça, liberdade ou equidade; aspira à existência de um mundo perfeito; é altruísta - o que não raras vezes origina revoltas por descobrir que a sociedade não se pauta pelos valores que defende.
Neste percurso, entrosando a bagagem que já trazia com aquela que entretanto adquiriu pelo seu próprio passo e olhar, dá-se o verdadeiro crescimento, e a lua é um lugar esférico por onde se navega e volta à base, num constante ir e vir, até simplesmente SER.